Após quase 30 meses de crise, o turismo volta a adquirir a força que perdeu com a pandemia do COVID 19, e deve fechar este ano com um faturamento superior a R$ 20 bilhões. Um comparativo entre dados do IBGE, da ABAV e da ABRACORP, mostra que a indústria de viagens deve ter uma expansão superior à do crescimento do PIB brasileiro.
Enquanto para este a estimativa do Ministro Paulo Guedes foi aumentada para uma taxa de 1%, no turismo ela deve situar-se entre l,5 a 2.%.
O turismo doméstico terá um peso significativo nessa recuperação, enquanto o internacional deverá ficar nos níveis de 2019, com a chegada de novos 500 mil visitantes internacionais. Com o desempenho previsto a partir de setembro, somado com a recuperação das viagens de férias do meio do ano, 2022 apresentará resultados positivos nas viagens internas. Aviação e hotelaria estão na frente do bom resultado previsto, mesmo com a ligeira trava que sofrerão com os altos preços das passagens aéreas.
As tarifas aéreas com seus preços fortemente impulsionados pelo crescimento dos custos, em particular pelos preços dos combustíveis, que subiram cerca de 80% este ano a ainda passarão por reajustes nos próximos seis meses. Especialistas preveem que o mercado consumidor está se acostumando à inflação dos preços dos serviços, entendendo que eles somente não são maiores por causa da parada ou menor crescimento dos custos do dólar.
A indústria do turismo foi bastante prejudicada pela crise sanitária, mas a volta de suas atividades traz um fator altamente positivo para a humanidade, segundo Marta Rossi, Presidente do FESTURIS, um dos maiores eventos no campo das viagens: uma preocupação coletiva com o planeta, com a preservação do meio ambiente, sua sustentabilidade e com a inclusão social.
Hélcio Estrella
Ex Presidente Nacional da Abrajet,
Ex presidente da Abrajet São Paulo Diretor e colunista -
Revista financeira Banco Hoje.
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