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Foto do escritorRevista de Turismo PB

Turismo continua de pé,a ciência merece o crédito



Magda Nassar, Presidente Nacional da ABAV -Ass. Bras. de Agentes de Viagens, resumiu num encontro com o trade e a imprensa dia 3 de maio, o sentimento que se formara na maioria dos profissionais do setor mas que estava contida na garganta.

O mundo sofreu muito com a COVID 19, e vem experimentando um sentimento de alívio nos últimos meses com sua contenção e redução a níveis suportáveis. A rápida criação da vacina que possibilitou esses resultados, responde, principalmente, para que muitos comemorem e se sintam aliviados. As medidas de isolamento e proteção, com o uso de máscaras foi o outro fator que possibilitou chegarmos a esse clima que esteva entre nossas principais expectativas: o turismo continua vivo.

Agora, podemos dar um balanço cuidadoso dos resultados dessa cruel epidemia que matou mais pessoas do que as duas últimas guerras mundiais juntas. Assim, é justo que creditemos à ciência, em particular, as grandes equipes que trabalharam nos laboratórios, por terem vencido com coragem os obstáculos que ameaçavam o desenvolvimento da vacina. O grande medo das autoridades de quase todo mundo, resultante do conservadorismo, quase impediram a descoberta da vacina, e, para chegar a ela muitos protocolos fundados no passado foram corajosamente abandonados pela ciência, permitindo seu avanço e sua vitória.

Mas, as sequelas ainda são grandes. Falemos delas e do compromisso que é de todos, de dividirmos a conta de forma equânime. Os agentes do turismo universal mais poderosos são, sem dúvida alguma, as empresas aéreas comerciais. Por seu tamanho, foram as que mais sofreram, com perdas bilionárias que quase leva o setor à falência. Mas, temos de reconhecer, foram também as que mais apoio direto tiveram de governos, como créditos subsidiados, prorrogação de compromissos com os viajantes, jogados pra frente os prazos de devolução de passagens que não puderam usar, e outros que sua lista, extensa, ocuparia muito espaço para ser mostrada aqui. Assim, com base no efetivo socorro governamental que tiveram, poderiam prorrogar o restabelecimento dos preços das tarifas aos níveis pré-pandemia, elevando-as de forma gradual até que se reembolsassem dos prejuízos que sofreram. Os agentes de viagem sabem bem de que falo: tarifas astronômicas, que as fazem prever grandes lucros ainda este ano, contra um quadro de prejuízos dos outros setores que ainda vai demorar tempo para recuperarem, se é que consigam. Fora a “passagem da boiada” como proibir os passageiros de levarem malas, ao cobrar por elas. O turismo está de pé, mas ainda usará bengala para não cair nos próximos meses.

Pensando apenas em seu caixa, as empresas aéreas esquecem de podem ser a bengala de que os segmentos menores do turismo, nem por isso menos importantes, vão ainda precisar por algum tempo para que a indústria do turismo esteja plenamente de pé.






Hélcio Estrella

Ex Presidente Nacional da Abrajet, Ex presidente da Abrajet São Paulo Diretor e colunista ·

Rrevista financeira Banco Hoje.

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