Na conjuntura atual, a hotelaria do Rio Grande do Norte, especialmente de Natal, atravessa salutares momentos com suas ações positivas e negativas. A história do nascer, do viver e do desaparecimento de hotéis e pousadas em terras potiguares é bastante curiosa, todavia, nosso foco principal é o ESQUELETO DA HOTELARIA DE NATAL, verdadeiro espelho da irresponsabilidade administrativa que envolve os setores públicos e privados.
A Prefeitura do Natal e a ABIH RN – Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio Grande do Norte porque não se uniram para preservar o histórico e demolido HOTEL INTERNACIONAL DOS REIS MAGOS, localizado na Avenida Presidente Café Filho, edificado na gestão do saudoso Governador Aluízio Alves. Essa é a pergunta sem resposta das autoridades públicas e empresariais. Em João Pessoa, a hospitaleira capital paraibana, continua funcionando até hoje, o Hotel Tambaú, da mesma época do Hotel Internacional dos Reis Magos, em Natal.
Outra questiúncula de suma importância é sobre a construção do Hotel da RB na Via Costeira – principal corredor turístico de Natal que liga a Praia de Ponta Negra a Praia de Areia Preta com acesso a Zona Norte sobre a Ponte Fortaleza dos Reis Magos, conhecida oficialmente como Ponte Newton Navarro. A empresa responsável pelo Hotel da BR após cumprir todas as questões atinentes a decolagem da sua edificação – e devidamente autorizada para dar início às obras -, e depois de concluída de concluída a dita cuja, foi obrigada pelas Justiça, demolir o último andar. Uma medida literalmente burrificante.
Se comenta que o último andar do hotel impede a visibilidade dos pedestres de contemplar a beleza do Oceano Atlântico; ledo engano. A área é literalmente protegida e lá não mora ninguém. Por que as autoridades fiscais não acompanharam passo a posso o andamento das obras para impedir quaisquer irregularidades? Por que, só depois de concluída a obra do Hotel da BR sugiram as irregularidades na edificação? Em resumo: QUEM SÃO OS VERDADEIROS CULPALDOS por esse irresponsável desdém que labuta contra o crescimento do TURISMO DE NATAL E DO RIO GRANDE DO NORTE?
O Hotel da BR que seria um excelente labirinto de empregos, continua fechado. Tem mais: porque as autoridades responsáveis pelas fiscalizações, construções das obras não somaram esforços para manter em funcionamento os tradicionais hotéis: Ducal (Monte Líbano) no centro de Natal; o Hotel Buriti (San Francisco) no populoso bairro do Alecrim; o Grande Hotel, no histórico bairro da Ribeira; o Hotel Maine; o Redinha Praia Hotel e o Hotel Atlântico edificados na Avenida Litorânea – entre Natal e Extremoz, não foram mantidos em plena atividade. Essas questiúnculas devem peremptoriamente ser respondidas pela ABIH RN, Prefeitura de Natal e outros setores.
É de suma importância a interatividade harmoniosa, justa e perfeita entre as instituições responsáveis pelo progresso de Natal – e alhures – visando o estudo, o planejamento, e a sua posterior execução. O trabalho conjunto em prol do crescimento do TURISMO deve ser mantido, pois o TURISMO é a maior fonte de renda da Natal que é conhecida internacionalmente como: A Capital Espacial da América do Sul; também como o TRAMPOLIM DA VITÓRIA; A ESQUINA DO BRASIL, e segundo o saudoso historiador Luiz da Câmara Cascudo, NATAL É A NOIVA DO SOL. Finalizando, urgem medidas somatórias impedindo que os neófitos em assuntos atinentes a indústria turística, adotem medidas visando o DIVÓRCIO DO TURISMO POTIGUAR. O resto é papo e malabarismo.
Liszt Madruga
Jornalista e Presidente da ABRAJET - RN