Thomas Bruno Oliveira e Fernando Duarte
Quando mencionamos a REVISTA DE TURISMO, qualquer pessoa que lê, quer seja engajada com a atividade ou mesmo a pessoa mais leiga do assunto, já ouviu, escutou, percebeu, alguém se referindo a essa publicação que povoa o cenário turístico, histórico e cultural da Parahyba desde a quadra cronológica de 1990. Isso mesmo, trinta e três anos de história com uma pujante escrita dos maiores jornalistas deste estado, sobretudo aqueles dedicados as coisas da terra e ao turismo, uma novidade naquele momento histórico. Importante também citar a colaboração dos nossos amigos jornalistas de outros estados do Brasil.
Aproveitando, ou melhor, sendo um dos alicerces daquele momento especial do turismo em nosso estado, encampado pelo então governador Ronaldo Cunha Lima, a Revista de Turismo ganha as bancas, as ruas e as mentes dos intelectuais do estado e de nossos vizinhos, propondo mostrar nossas potencialidades e não simplesmente expor, mas tratar com detalhes, exibindo rotas, possibilidades e patrimônios que jamais tinham sido tratados em momento nenhum de nossa história.
Essa visão futurista vem do jornalista especializado no quê do turismo, Fernando Duarte. Ele enxerga que o investimento governamental, isso no início da década de 1990, só vai valorizar a riqueza patrimonial histórica/cultural e arqueológica existente no estado. Assim, ele se dedicou a buscar as potencialidades existentes em nosso território e, com exemplar cuidado na curadoria, escolher quem melhor pudesse escrever de maneira simples, mas envolvente, sobre as potencialidades existentes na Parahyba.
Foi assim que, em 2009, ele participou de um fórum de turismo do Agreste parahybano, organizado pelo Sebrae, que ocorreu na pulsante cidade de Queimadas, nas proximidades de Campina Grande. Ali, entre representações de dezenove Prefeitos, sendo dezesseis Prefeitos presentes, eu fui convidado a palestrar sobre o patrimônio do lugar, exatamente a majestosa Serra de Bodopitá, que, dois anos antes, tive a oportunidade de lançar um livro (com dois colegas) sobre o patrimônio arqueológico e natural daqueles rincões, e, com minha simplicidade, me exigiram em mostrar onde era a Serra. Para minha sorte, o pátio da escola em que estávamos, era um lugar apropriado para observar pelo menos trinta dos quarenta e cinco quilômetros da Serra. Expliquei o que pude e demonstrei a riqueza que não só existia n’aqueles rincões, mas que a Parahyba tem. Comentei sobre Aroeiras, Esperança, Gado Bravo, São Domingos do Cariri, Barra de Santana, Cabaceiras, Boa Vista e outros municípios. Com muita atenção, os ouvintes observaram bem, digo isto porque uma porção de gente me procurou de imediato querendo saber de algumas coisas, uma dessas pessoas, era justamente o nosso ilustre jornalista Fernando Duarte. Ele me mostrou uma Revista, a atual Revista de Turismo. Olhei com atenção e o indaguei: – E só tem litoral? . Ele me olhou nos olhos e disse: – Não tem quem me escreva de nenhum lugar. Você quer? Isso foi nos começos de 2009. Respondi que sim.
Até hoje, ou como se diz em nosso Mundo-Sertão: “inté hoje...” sou eu que tenho trazido o sertão, o cariri, o Mundo-Sertão e os Cariris Velhos para a Revista de Turismo e isso muito me honra e muito me alegra.
Desejo não só mais trinta e três anos da Revista de Turismo, mas que nosso querido Fernando Onofre Duarte seja nosso timoneiro nesses futuros anos, esse jornalista excepcional, essa pessoa maravilhosa. Parabéns a nossa Revista que não resiste ao digital, mas se associa e vive plena nessa ousadia de Fernando. Um salve e um abraço especial a essa turma que colabora com esse sucesso!
Thomas Bruno Oliveira
Historiador e Jornalista - 3372-PB
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