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Mirantes paraibanos

  • Foto do escritor: Revista de Turismo PB
    Revista de Turismo PB
  • 1 de abr. de 2024
  • 3 min de leitura

Quando trafego pela Avenida do Altiplano Cabo Branco, na borda da falésia, nas proximidades do antigo convento dos Capuchinhos, observo uma estrutura dotada de estacionamento e escadas que levam a uma plataforma de concreto apta a receber uma torre de observação. Desse local, cercado de verde, descortina-se uma visão fascinante da orla de João Pessoa. Um mirante que se transformaria numa atração. Todavia, o local permanece abandonado.

Um mirante é um pináculo destinado a contemplação de um panorama com extraordinária beleza cênica. Ao seu redor, instalam-se, via de regra, várias atividades .

Com a intensa verticalização surgiram na capital paraibana mirantes nos arranha-céus. No Altiplano do Cabo Branco há o Mirante Skybeach, situado no cimo do prédio mais alto do Nordeste, com vista 360° das praias e da cidade de João Pessoa. Há, ainda, no último andar do Empresarial Green Tower, na Avenida Rui Carneiro – o bar e restaurante Nui 360 - com visão total de João Pessoa.


O município do Conde é onde há mais mirantes: o de Coqueirinho; o do Dedo de Deus; o das Tartarugas; o do Castelo das Princesas, o da Praia de Tambaba, todos com visões magníficas das praias.

O mirante do Farol do Cabo Branco, de onde se contempla a praia do Seixas, ponto mais oriental das Américas, merece atenções e cuidados. É o ponto turístico, segundo pesquisas, mais visitado. No Cabo das Rocas, em Portugal, ponto mais ocidental da Europa, o turista ganha um diploma após visitá-lo. Um exemplo a copiar.

Devido ao processo de erosão da falésia do Cabo Branco, o mirante Esportista Talmar Monteiro, que era carinhosamente cuidado pela família, está abandonado e vandalizado.

O município de Cabedelo poderia ter seu mirante, sobre uma torre na mata do Estado, situada entre o oceano e o estuário. Da cimeira poder-se-ia contemplar a barreira de corais e a ilha de Areia Vermelha. O turista contemplaria, ainda, o estuário do Rio Paraíba, suas ilhas (da Restinga, das Andorinhas e do Stuart) e as povoações de Forte Velho, de

Costinha até os confins do litoral norte. Seria um ponto turístico de grande evidência.

Há na Paraíba importantes mirantes dentre os quais destaco: o da Estação Ciência; o da Praia da Penha, em João Pessoa. O mirante do Atalaia, em Santa Rita. O mirante da Igreja da Guia e o da igreja de Bom Sucesso, em Lucena.

Em Baía da Traição há o mirante do Forte, sobre a falésia. Em Guarabira, o da estátua do Padre Cicero, incrustado na serra da Jurema.

Um inusitado mirante selvagem, que exige visita guiada, é o da serra do Catolé, no município de Gurinhém. De um pináculo avista-se, simultaneamente, Campina Grande e João Pessoa. Na região de Campina Grande é imperdível a visita do mirante da Pedra de Santo Antônio, com visão panorâmica da Rainha da Borborema.

Um mirante não menos espetacular e que merece ser visitado é o da Pedra do Bico, na serra do Pirauá, em Natuba, na divisa dos estados da Paraíba e Pernambuco. Do cume há uma maravilhosa visão da barragem de Acauâ e de vasta região do agreste. Em Araruna há o Mirante Vale da Serra.

Há, ainda, os mirantes espetaculares da Pedra do Tendó e do Pico do Jabre, no sertão.

Nossos gestores devem estimular a criação e a conservação de mirantes. Eles são pontos turísticos que agregam valor e geram, ao seu redor, emprego e renda.

Em João Pessoa, ao longo das falésias, existem recantos que poderiam ser desenvolvidos e explorados como mirantes pela iniciativa privada, a exemplo da plataforma citada no início deste artigo.






Valério Bronzeado

Jornalista - Febtur - Paraíba

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