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Foto do escritorRevista de Turismo PB

Mirantes paraibanos

Quando trafego pela Avenida do Altiplano Cabo Branco, na borda da falésia, nas proximidades do antigo convento dos Capuchinhos, observo uma estrutura dotada de estacionamento e escadas que levam a uma plataforma de concreto apta a receber uma torre de observação. Desse local, cercado de verde, descortina-se uma visão fascinante da orla de João Pessoa. Um mirante que se transformaria numa atração. Todavia, o local permanece abandonado.

Um mirante é um pináculo destinado a contemplação de um panorama com extraordinária beleza cênica. Ao seu redor, instalam-se, via de regra, várias atividades .

Com a intensa verticalização surgiram na capital paraibana mirantes nos arranha-céus. No Altiplano do Cabo Branco há o Mirante Skybeach, situado no cimo do prédio mais alto do Nordeste, com vista 360° das praias e da cidade de João Pessoa. Há, ainda, no último andar do Empresarial Green Tower, na Avenida Rui Carneiro – o bar e restaurante Nui 360 - com visão total de João Pessoa.


O município do Conde é onde há mais mirantes: o de Coqueirinho; o do Dedo de Deus; o das Tartarugas; o do Castelo das Princesas, o da Praia de Tambaba, todos com visões magníficas das praias.

O mirante do Farol do Cabo Branco, de onde se contempla a praia do Seixas, ponto mais oriental das Américas, merece atenções e cuidados. É o ponto turístico, segundo pesquisas, mais visitado. No Cabo das Rocas, em Portugal, ponto mais ocidental da Europa, o turista ganha um diploma após visitá-lo. Um exemplo a copiar.

Devido ao processo de erosão da falésia do Cabo Branco, o mirante Esportista Talmar Monteiro, que era carinhosamente cuidado pela família, está abandonado e vandalizado.

O município de Cabedelo poderia ter seu mirante, sobre uma torre na mata do Estado, situada entre o oceano e o estuário. Da cimeira poder-se-ia contemplar a barreira de corais e a ilha de Areia Vermelha. O turista contemplaria, ainda, o estuário do Rio Paraíba, suas ilhas (da Restinga, das Andorinhas e do Stuart) e as povoações de Forte Velho, de

Costinha até os confins do litoral norte. Seria um ponto turístico de grande evidência.

Há na Paraíba importantes mirantes dentre os quais destaco: o da Estação Ciência; o da Praia da Penha, em João Pessoa. O mirante do Atalaia, em Santa Rita. O mirante da Igreja da Guia e o da igreja de Bom Sucesso, em Lucena.

Em Baía da Traição há o mirante do Forte, sobre a falésia. Em Guarabira, o da estátua do Padre Cicero, incrustado na serra da Jurema.

Um inusitado mirante selvagem, que exige visita guiada, é o da serra do Catolé, no município de Gurinhém. De um pináculo avista-se, simultaneamente, Campina Grande e João Pessoa. Na região de Campina Grande é imperdível a visita do mirante da Pedra de Santo Antônio, com visão panorâmica da Rainha da Borborema.

Um mirante não menos espetacular e que merece ser visitado é o da Pedra do Bico, na serra do Pirauá, em Natuba, na divisa dos estados da Paraíba e Pernambuco. Do cume há uma maravilhosa visão da barragem de Acauâ e de vasta região do agreste. Em Araruna há o Mirante Vale da Serra.

Há, ainda, os mirantes espetaculares da Pedra do Tendó e do Pico do Jabre, no sertão.

Nossos gestores devem estimular a criação e a conservação de mirantes. Eles são pontos turísticos que agregam valor e geram, ao seu redor, emprego e renda.

Em João Pessoa, ao longo das falésias, existem recantos que poderiam ser desenvolvidos e explorados como mirantes pela iniciativa privada, a exemplo da plataforma citada no início deste artigo.






Valério Bronzeado

Jornalista - Febtur - Paraíba

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