top of page
Foto do escritorRevista de Turismo PB

MESMO PERDENDO, AÉREAS ACREDITAM NO TURISMO


Conhecido na primeira semana de outubro, o balanço da , os especialistas estimam que as empresas aéreas comerciais vão continuar perdendo muito dinheiro pelos próximos dois anos, e somente voltarão a equilibrar seus balanços a partir do ano de 2024. Elas encerram este ano fiscal no hemisfério Norte com prejuízos acumulados da ordem de 200 bilhões de dólares, e uma diminuição formidável no volume de passageiros transportados, que caiu de 4,5 bilhões em 2019, antes da COVID, para 2,3 bilhões em 2021, e que no próximo ano esse número será da ordem de 3, 4 bilhões de passageiros.

O quadro de prejuízo deverá ser maior ainda quando se dispuser de um balanço, que ainda não foi possível estabelecer, sobre o endividamento das empresas de transporte aéreo comercial, no qual deverão figurar os compromissos assumidos antes da COVID que não puderam ser cancelados, principalmente como renovação da frota e o grande processo de retrofit por que passa a atual frota. Essa renovação vem sendo feita a partir de 2015 com o compromisso das aéreas de zerar o passivo das emissões de carbono na atmosfera, que este ano deve somar 1,8 bilhões de toneladas.

As empresas aéreas comerciais vão manter o compromisso de serem pioneiras na política mundial de preservar o meio ambiente e para isso refizeram seus estudos de renovação de suas frotas, criando enormes compromissos financeiros nos quais amarraram os grandes fabricantes mundiais. O pé no freio que a indústria mundial do turismo aplicou aos seus negócios para adequar-se a pandemia acabou comprometendo também os três maiores fabricantes mundiais de avião, a AIRBUS, a BOEING e a brasileira EMBRAER. E a BOEING parece ter sido a mais atingida. À redução nas suas linhas de produção, teve de acrescentar a forte crise em seu mercado provocado pelo desastre industrial do seu mega projeto do jato 737 Max, que manteve centenas de aviões no solo por quase um ano e ainda tendo de enfrentar a enxurrada de pedidos de indenização de muitas aéreas.

As aéreas esperam poder contar nos próximos dois anos com combustíveis sustentáveis para seus aviões, e vão continuar trabalhando a nível de cada país para a redução gradual das taxações fiscais que incidem principalmente sobre os combustíveis. No Brasil, por exemplo, elas podem chegar a um quarto do valor do preço desses combustíveis para as companhias nacionais. A IATA reafirmou acreditar que o em 2050 10 bilhões de passageiros estarão viajando de avião.

O tempo e a ciência trabalham em nosso favor, disse o Presidente da IATA, Willie Walsh.








Hélcio Estrella

Ex Presidente Nacional da Abrajet, Ex presidente da Abrajet São Paulo Diretor e colunista.

Revista financeira Banco Hoje.

2 visualizações

Comments


bottom of page