Na edição anterior, comentamos sobre a falta de respeito da administração Municipal em não valorizar nossa cultura, pois está a cultivar a cultura alheia.
Recebemos várias mensagens parabenizando o protesto, sugerindo uma mesclagem, sendo o Forró predominante, e outras questionando quais os motivos dessa falta de amor às nossas origens.
Não é difícil saber o que está ocorrendo nas tradicionais festas juninas do Nordeste, apesar do evento ter nossa origem, a criação, os trajes, as músicas e instrumentos, os mandachuvas municipais trazem artistas de outras culturas por preços altíssimos. Sabe-se que o contrato de uma atração nordestina é de apenas 10% do valor que é contratado um sertanejo do sul do pais, que, além do repertório, trazem outros costumes de sua região. Não sabemos se há intervenção do ministério público para fiscalizar os contratos.
O caso mais bizarro é o de Campina Grande. Logo, um Cunha Lima, destruindo toda a cultura que sempre foi acolhida pelos CUNHA LIMA: Ronaldo e Cássio. O parque do povo, um dos melhores espaços do nordeste, com barracas, sanitários, restaurantes e várias ilhas que outrora eram animadas pelo autêntico Forró, claro que não faltava o triangulo, pandeiro, zabumba e os habilidosos e famosos sanfoneiros que animavam até a madrugada. Todos os cantores, trios e bandas eram respeitados com os valores compatíveis ao artista que faziam esse megaevento.
Em Bananeiras não está muito diferente. O período de maior desenvolvimento do município foi na administração da Prefeita Marta Ramalho, que nordestina de coração, promovia a mais autêntica festa junina, e não foi à toa que a chamada dos festejos era: São João de Bananeiras, 100% Forró. Era considerado o melhor São João do Brasil. Segurança, organização e uma seleção musical das melhores.
Marta Ramalho também se destacou quanto aos benefícios feitos à cidade: construiu um Centro de Convenções, Biblioteca, deu apoio a ampliação da rede hoteleira, incentivou lançamentos de condomínio, abriu estradas, postos de saúde, escolas, etc.
A fiscalização desses contratos (de contratação de músicos) seria de suma importância. O que acha o TCE e outros órgãos competentes?
Fernando Duarte
Jornalista - Membro do Conselho da Abrajet Nacional
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