Estamos com falta de ações básicas
Recife prepara-se para temporada de Cruzeiros. Para este trimestre, de final de 2024, são 22 navios lotados de turistas. É o chamado capital sadio, onde a previsão é entrar no mercado 20 milhões de reais. O turista quando chega vem sempre à procura de novidades: o artesanato e os bares e restaurantes ficam lotados, além dos passeios diversos.
No governo de Ronaldo Cunha Lima, a Secretária de Turismo, Cléa Cordeiro, trouxe para o Porto de Cabedelo alguns navios-cruzeiros que eram recebidos com festa, encenado por estudantes, com os trajes juninos, representando a nossa festa que acontece todos os anos no mês de junho.
Nesse período, o governo do Estado apresentou um projeto de um terminal turístico em Cabedelo, mas, foi vetado pelos órgãos do patrimônio histórico e cultural.
O terminal seria ao lado da Fortaleza Santa Catarina. Coisas que só acontecem na Paraíba! Vetar um projeto, sem reais motivos, que vinha desenvolver o turismo de um estado é abuso de poder, e o IPHAN, impediu, com essa ação um terminal turístico que seria para atracação de navios de cruzeiro. No mesmo período foram construídos próximo à Fortaleza, vários silos de uma determinada fábrica. Vá entender!
No mesmo projeto haveria um museu com peças, pinturas, vestuários, objetos militares da época da conquista da Paraíba e sua colonização.
Outro detalhe: a Fortaleza de Santa Catarina é rodeada de tanques de combustíveis, e ficou praticamente enterrada, escondida entre construções de apoio ao porto de Cabedelo.
O que vem impedindo o desenvolvimento no setor turístico é a falta de projetos eficientes que se consegue, quando bem assessorado. Perdemos em 2018 a BTM, hoje uma das maiores Feiras de Turismo nacionais, e todos os Campings clube, inclusive o da Praia do Seixas que é patrimônio da PBTur. Estávamos prestes a perder a nossa cultura com a invasão da música sertaneja nas Festas Juninas, sendo salva pelos deputados.
Hoje, com falta de projetos participamos de feiras nacionais e internacionais sem uma marca do turismo do estado.
Em Santa Catarina, por exemplo, a animação da Paraíba foi o cangaço, mesmo o Estado tendo ícones importantes como as Itaquatiaras, as festas Juninas, o nosso folclore, nosso litoral, a Pedra da Boca, cidades charmosas da região do Brejo. O jornalista Paulo Sandoro, me perguntou se na Paraíba tinha pelo menos o museu alusivo ao cangaço para o turista visitar. Vejam que situação!
Então, cabe aos empresários manter o ritmo de luta. Pois são eles que têm o mérito de lotar os hotéis, trazendo turistas de toda parte do Brasil e do mundo para o nosso Estado, elevando a nossa economia e, com isso, gerar empregos. Todos os setores do trade ganham com essa ação.
Fernando Duarte
Jornalista - Membro do Conselho da Abrajet Nacional
Comments