Fatos
- Revista de Turismo PB
- 28 de mar. de 2023
- 2 min de leitura
Um belo projeto para o povo paraibano

No Brasil, nada atrapalha mas, do que a politicagem. Quando um gestor, em qualquer das esferas, mesmo que bem intencionado, propõe algo que beneficie a população, os inúteis da politicagem caem em cima como urubus na carniça.
No momento, vem à baila, mais uma vez, a exequibilidade de implantação de uma obra de proteção à . Existe um belíssimo e funcional projeto que liga as praias de Cabo Branco a praia do Seixas, com barreira de proteção a falésia. Em segundo mandato, no início do século, o prefeito Cícero Lucena já propunha que o processo fosse deflagrado. Iniciou com o isolamento da área do mirante com a interdição da via aos veículos automotores, cercou a crista da falésia, realizou pequenas obras protetivas e mandou elaborar um projeto de proteção ao ponto afetado na área marítima. Entretanto, questões políticas de caráter essencialmente minúsculas não permitiram que a providência fosse concretizada. Na época, questões ambientais foram utilizadas como “boi de piranha” para convencer a população de que o projeto era ruim. Assim, o bem maior (a falésia do Cabo Branco) foi oferecido em sacrifício aos interesses sub-reptícios da politicagem paraibana e à verborragia tecnocrata de pseudo - ambientalistas, embora era sensível o desejo da população por alguma intervenção mais decisiva.
O fato é que a proposta não foi levada à execução.
Depois de quase vinte anos Cícero voltou a envergar o título de munícipe-mor de João Pessoa, e com ele, vem a esperança de que algo de envergadura seja aplicado. Mas, conseguirá ele, óbices, os óbices daqueles que se opuseram à preservação de um dos principais monumentos da geografia brasileira?
Ou os tempos políticos estão mudados?
Lembremos: São cinco gestões administrativas e nada foi feito. E mais; trata-se do ponto Extremo Oriental das Américas, o que o torna o elemento de maior apelo turístico da Paraíba.
Tive pessoalmente e liguei para o secretário de turismo para tomar informações, mas, não tive acesso nem retorno.
Desconhecendo a importância do Turismo
No dia 19 de agosto de 2020, a então presidente da Abrajet, Messina Palmeira e associados, promoveram um evento de alerta a existência do marco Ponto Extremo Oriental das Américas, na praia do Seixas. Estando o local da placa indicativa totalmente abandonado, foi cedido um espaço em um terreno particular para ser colocada a placa. Uma marco de grande importância para o turismo nacional.
Mesmo sendo convidado, nenhuma autoridade compareceu ao evento. E hoje, o local foi alugado e retirada a placa; continuamos sem o marco que indicava a nossa aproximação ao continente europeu.
Do outro lado do oceano, existe o Ponto Estremo Ocidental da Europa, em Portugal; lá o tratamento é outro, existe um ponto de apoio instalado com um guia a disposição que orienta o turista ao chegar. Ao sair, o visitante recebe um certificado, um registro de sua ida ao Ponto Extremo Ocidental da Europa.

Fernando Duarte
Jornalista - Membro do Conselho da Abrajet Nacional
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