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Do fundo do baú

  • Foto do escritor: Revista de Turismo PB
    Revista de Turismo PB
  • 28 de mar. de 2023
  • 2 min de leitura

Um fato precisa ser esquadrinhado e poderia ser motivo de tese acadêmica ou de uma

CPI. Refiro-me ao malogro do Projeto Costa do Sol, em João Pessoa, em oposição ao estrondoso sucesso do Projeto Via Costeira, em Natal, RN. É preciso descobrir se o insucesso do projeto paraibano, deve ser creditado à falta de vocação turística, à incúria administrativa ou às rivalidades políticas paroquiais, ou se foram esses três fatores juntos.

A capital do potiguar está repleta de turistas. O Projeto Via Costeira abriga dez hotéis de

quatro e cinco estrelas (1- Ocean Palace Hotel & Resort, 2- Pestana Natal Beach Resort, 3-Imirá Plaza, 4-Serhs Natal Grand Hotel, 5-Hotel Parque da Costeira, 6-Hotel Marsol Beach Resort, 7-Blue Tree Park, 8- Natal Pirâmide Resort & Convention, 9-Natal Mar Hotel e 10-Hotel Porto do Mar) e mais dois em implantação. Serão 2.693 apartamentos, até o final de 2006. Investimentos se sucedem; O Grand Hotel Serhs, recebe aporte espanhol de cerca de R$ 100 milhões. Contará com 426 apartamentos e terá um teatro. A rede hoteleira portuguesa Pestana tem hotel de alto padrão com 189 quartos. A maioria dos hóspedes é européia e se apaixonam pelo ecossistema tropical. Passam, então, a investir, comprar imóveis e abrir negócios. Cerca de 25 por cento dos empregos dos natalenses, são gerados pelo turismo. São, no entanto, os hotéis vinculados às cadeias internacionais que fazem a roda do turismo girar. Sem ocupação adequada esses hotéis cerrariam as portas. Então, para sobreviver, eles próprios se encarregam de buscar turistas aonde eles estiverem, na Escandinávia, na Bolívia, na Turquia etc. As redes hoteleiras têm estratégias para direcionar o turismo mundial. Entretanto, o Projeto Costa do Sol paraibano sequer descolou. Concebido há vinte anos, ou seja, na mesma época e com iguais propósitos do seu irmão potiguar, ele foi um natimorto. Virou local de morada de urubus e de desova de cadáveres. O mato tomou conta. O Projeto Costa do Sol não gerou um emprego sequer. É importante fazer diligências para saber as causas desse mal êxito para mostrar aos pósteros. Nenhum projeto estruturante, capaz de resgatar a dignidade de milhares de desempregados, deveria malograr na Paraíba. Que falem os técnicos que participaram da concepção e da implantação de ambos os projetos. Assim, será possível descobrir as razões do estrondoso sucesso de um e do humilhante malogro do outro. Porém, um fracasso quase sempre é uma lição. Afinal, como disse o imortal José Américo, “ninguém se perde na volta”.






Valério Bronzeado

Jornalista - Febtur - Paraíba

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